A denúncia foi aceita pela juíza Andréa Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal da Capital, do TJPE (Assis Lima/Ascom TJPE)
As autoridades policiais italianas prenderam no último sábado, dia 13 de setembro, na cidade de Pisa (Itália), Flávia Alves Musto, condenada por homicídio qualificado. Ela é acusada de ser mandante do assassinato do ex-companheiro, em 2005, no bairro de Maranguape II – Paulista (PE).
Na terça-feira (16/9), a 1ª Vara Criminal de Paulista (PE) recebeu a confirmação oficial da prisão da ré, feita pelo Departamento de Segurança Pública da Interpol, em Roma. Flávia Musto, que estava foragida desde 2019, ano em que foi condenada pelo Tribunal do Júri de Paulista, foi colocada à disposição do Tribunal de Apelação de Florença.
A prisão no exterior foi efetuada em decorrência da “Difusão Vermelha” (Red Notice), um instrumento de cooperação policial internacional que têm como objeto exclusivo a localização e prisão de foragidos no exterior, para posterior processo de extradição.
Segundo a Promotora de Justiça de Paulista, Liana Menezes Santos, a inserção da ré na “Difusão Vermelha” decorreu de diligências articuladas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO), do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), em conjunto com a Promotoria de Justiça.
CRIME – De acordo com os Autos, na madrugada do dia 14 de agosto de 2005, na estrada de barro de Jaguarana, em Maranguape II (Paulista) indivíduos, a mando da ré, desferiram disparos de arma de fogo contra Isaías de Lira, que o levou à morte. A vítima foi casada com Flávia Musto durante dois anos, num relacionamento tumultuado e que gerou sete separações, por conta do ciúme, da possessividade e da agressividade da acusada.
A motivação do crime foi o ódio nutrido pela ré, em razão da negativa da vítima em reatar o relacionamento, e tendo Flávia tomado conhecimento de que Isaías de Lira já estava com um novo relacionamento. Dias antes do crime, a ré fez ameaças à vítima e foi vista procurando informações sobre o ex-companheiro, que costumava frequentar a localidade de Dois Irmãos, local de onde foi arrastado para ser assassinado.
O juízo da Vara Criminal de Paulista, por intermédio do magistrado Thiago Fernandes Cintra, dará seguimento ao pedido de extradição junto ao Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional do Ministério da Justiça (DRCI/MJ) da Itália.
FONTE: DIÁRIO DE PERNAMBUCO