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Gramíneas altas e arbustos mal cuidados criam o ambiente ideal para carrapatos; Descubra outras plantas que exigem atenção redobrada

Com a chegada da primavera e o aumento do calor, a vida nos quintais ganha novo fôlego, inclusive a dos carrapatos. Discretos, esses parasitas passam boa parte da vida longe dos hospedeiros, escondidos em vegetações altas e úmidas, à espera do momento certo para se agarrar a um animal de passagem.

De acordo com o biólogo Fabiano Soares, algumas plantas muito comuns em jardins e terrenos baldios oferecem exatamente o tipo de abrigo que os carrapatos procuram. Elas não são vilãs por si só, mas exigem poda frequente e cuidado com o acúmulo de matéria orgânica. “A planta sozinha não atrai carrapatos. Mas, mal cuidada, vira um convite”, alerta.

Plantas que podem atrair carrapatos

Entre as plantas mais problemáticas estão as gramíneas de crescimento rápido, como capim-colonião, capim-elefante e braquiária. Elas atingem a altura ideal para os parasitas ficarem à espreita, especialmente em terrenos com circulação de cães ou outros animais. Já arbustos como a dracena e a conhecida Comigo Ninguém Pode acumulam umidade, criando microambientes perfeitos para o desenvolvimento dos carrapatos.

Outras espécies que merecem atenção são a coroa-de-cristo, que, por ser espinhosa e difícil de manejar, costuma reter sujeira, e as samambaias e avencas, que prosperam em locais sombreados e pouco ventilados — exatamente como os carrapatos preferem.

Mas Fabiano ressalta que a presença dessas plantas não é, sozinha, o motivo de alarme. “A chave está na manutenção. Quintal limpo, vegetação bem cuidada e controle dos animais de estimação já reduzem muito o risco.” Ainda segundo ele, o aparecimento de um ou dois carrapatos, no entanto, deve ser visto como sinal de alerta. Nesses casos, o ideal é fazer uma poda geral, eliminar o excesso de umidade e, claro, tratar os pets com os produtos recomendados por veterinários.

Fonte: Metropoles